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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CORREÇÃO DA REDAÇÃO SERÁ MAIS CRITERIOSA NESTE ANO, DIZ INEP


Com a queda no limite da discrepância entre as notas, mais textos deverão ser avaliados por 3 corretores, e não 2

Fonte: O Estado de São Paulo (SP)



No Enem, a redação é um capítulo à parte da prova - tanto pela característica da proposta quanto pelas polêmicas em torno das notas. E, a partir deste ano, o Inep, que organiza o exame, promete ser mais criterioso.

O órgão diminuiu o limite de discrepância entre as notas dos dois corretores da redação. Se a diferença for maior que 300, numa escala que vai a 1 mil, o texto vai para um terceiro corretor - antes, o limite era de 500 pontos.

Na prática, a nova regra vai ampliar o número de redações que terão a terceira leitura, o que confere uma correção mais justa - o Inep não informa quantos tiveram esse benefício em 2010.

Em edições anteriores, houve uma série de reclamações em relação às notas da redação. Alunos pediram à Justiça a revisão da nota. O colégio Objetivo, por exemplo, recorreu à Justiça pela revisão da nota de uma aluna porque a avaliação estaria muito abaixo do perfil dela.

O diretor do Objetivo, João Carlos Di Gênio, entende que a novo padrão é positiva. "Agora foi para um valor bom. Mas o problema no Enem é que são muitos corretores. É difícil que todos tenham a mesma competência."

Em 2011, serão 3.190 corretores e 160 supervisores, que fazem a terceira leitura. Cada corretor deve ler, em média, 3,3 mil redações em um período médio de um mês. Comparado com outros vestibulares, é um índice alto - na Unicamp, considerada uma das instituições mais cuidadosas com a redação, essa média fica em torno de 2,6 mil.

Ainda há diferenças no preparo dos profissionais. Na Unicamp, são três fases de treino ao longo do ano. "E antes de começar o trabalho, há mais uma semana de preparo", explica o coordenador do vestibular da Unicamp, Maurício Kleinke. O Inep afirma que todos os corretores passam por treinamento presencial, mas não detalhou como ele é realizado.

Texto. No Enem, serão aceitas redações de no mínimo oito linhas. Diferentemente de outros vestibulares, o candidato precisa escrever uma intervenção à problemática do tema. / P.S.

sábado, 8 de outubro de 2011

SEM PETRÓLEO, MUNDO TEM FUTURO SOMBRIO


Reproduzo aqui para vocês um excelente artigo sobre o petróleo no mundo, que saiu na Folha de São Paulo deste domingo. Foi escrito por Andrew Simms, Diretor da New Economics Foundation.



“O petróleo é o problema, claro”, escreveu Gertrude Bell em Bagdá, em 1921. “Coisa detestável!” Depois de causar uma guerra mundial, o petróleo já estava causando confusão política no Oriente Médio.
Apesar de todos os conflitos causados pela necessidade de garantir os suprimentos de petróleo, e do dano ambiental que seu uso causa, o problema, para Bell e para todos nós, é que o petróleo tem grande utilidade.
Energia concentrada, facilmente transportável e de grande versatilidade.
Todos nós nos tornamos dependentes dessa conveniência. O suprimento de energia atual oferece o equivalente ao trabalho de 22 bilhões de escravos, de acordo com Colin Campbell, antigo executivo petroleiro.
Mas agora a onda do petróleo parece destinada a nos deixar ilhados. A mais de US$ 100 por barril, os preços estão voltando aos níveis de 2008. Mas, de lá para cá, o tom dos comentários mudou.
Cresce a conscientização de que um problema fundamental nos aguarda: a separação entre uma demanda cada vez maior e um suprimento estagnado, que resultará em escassez do componente essencial ao mundo.
Até o momento, o falso reconforto, de que poderíamos continuar a agir como sempre, vinha de dois fatores.
Primeiro, ainda existe petróleo; segundo, novos campos continuam a ser descobertos.
Mas o problema é saber que teremos dez bocas para alimentar amanhã, mas lojas de comida suficientes para apenas oito. Pior: a cada dia a quantidade de comida consumida é superior à de comida produzida, e o número de bocas para alimentar cresce.
As novas descobertas de petróleo atingiram seu pico na metade dos anos 60, e, com base em várias estimativas, estamos vivendo, ou bem perto de viver, o pico da extração petroleira mundial.
Depois que o pico for atingido, a relação entre oferta e demanda inevitavelmente crescerá. A dificuldade de determinar exatamente quando isso acontecerá é agravada porque as dimensões das reservas nacionais de petróleo constituem questão econômica e política delicada.
Compreensivelmente, algumas pessoas acreditam que isso seja positivo do ponto de vista ambiental. Afinal, se o petróleo está se esgotado, isso não ajudaria a resolver o problema da mudança do clima? Infelizmente não.
A realidade atual é a de que se você tirar a sonda petroleira da veia da economia, a escolha passa a ser entre transição e convulsão.
Todos nos acostumamos aos benefícios do petróleo. E os planos para nos adaptarmos a sua ausência praticamente inexistem.
Cabe a nós determinar se aproveitaremos a chance que o fim do petróleo barato nos confere para produzir uma era melhor, ou se continuaremos hipnotizados por sua miragem em dissolução.


http://www.silvaporto.com.br/blog/?p=1255

O que Maragojipe ganhou com a Pedra do Cavalo?

JS PATRÍCIO

Por Luiz Guerreiro

 A barragem Pedra do Cavalo esta localizada a 2 km das cidades  de Cachoeira e São Félix, essa barragem tanto serve para conter água para abastecimento (Salvador e região metropolitana) como para geração de eletricidade 4% do estado da Bahia. Barragem causa um enorme impacto socioambiental mais nesse caso os municípios de São Félix e Cachoeira saíram ganhando, pois a mesma controla a vazão do rioParaguaçu minimizando o risco de enchentes, ainda lucrando, pois as respectivas prefeituras recebem royalties da empresa. 

Porém Maragojipe foi à maior prejudicada com a construção da barragem, pois os impactos na baía do Iguape são irreparáveis e alguns dos impactos gerados pela barragem são a eutrofização da água, aumento da acidez da água, diminuição de oxigênio na água, tremores de terra nas áreas vizinhas das barragens, também afeta a migração dos peixes alterando a piracema. Para abrandar esse último impacto negativo as barragens constrói escadas método contestado por técnicos, altera os sedimentos que o rio transporta no seu curso normal isso causa erosão. Só ai constata as alterações físicas, químicas e biológicas da água que desce para a baía do Iguape.

Já o grupo Votorantim além de lucrar com a venda da eletricidade ainda obteve o certificado dos créditos de carbono por produzir sem precisar aumentar o tamanho da barragem, conseguindo uma posição de empresa sustentável e uma compensação financeira. 

 Seguindo o conceito do movimento atingido por barragem: todos aqueles que sofrem modificações nas suas condições de vida, como conseqüência da implantação das barragens, independentemente do local em que vivem ou trabalham. Assim a cidade de Maragojipe que não obteve nenhum ganho com esse empreendimento pelo contrário com todos os impactos citados o que se constata é desaparecimento de certas espécies de peixes e diminuição de outras tantas espécies, assim nos se incluímos neste conceito agora fica uma pergunta no ar porque os nossos governantes ou a colônia dos pescadores não se movimentam para conseguir medidas mitigadoras que venham realmente ajudar a nossa população pesqueira tão carente e tão massacrada pelos empreendimentos gigantescos. Fico a imaginar o que será desse estuário com a implementação do pólo naval e como ficará os pais e mães de família que retiram seu sustento do estuário.

 Fonte: http://www.zevaldoemaragogipe.com/2011/10/o-que-maragojipe-ganhou-com-pedra-do.html