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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Governo anuncia investimento em quadras, móveis e ônibus escolares. E Maragogipe! Será contemplada?


Recursos fazem parte do PAC Equipamentos, lançado pela presidenta Dilma Roussef
Prefeitos de diversas regiões do país assinaram nesta quarta-feira, durante o lançamento do PAC Equipamentos, termos de compromisso para a construção de quadras esportivas, aquisição de mobiliário para escolas e ônibus para transporte de estudantes. O novo programa de compras governamentais apresentado pela presidenta Dilma Rousseff investirá R$ 8,4 bilhões nas áreas de saúde, defesa, educação e agricultura .



Para o ministro Mercadante, o PAC Equipamentos, vinculado ao PAC 2, tem efeitos além dos econômicos. “Na área da educação, é um conjunto de investimentos que ajuda a qualidade da educação, principalmente na área rural, com o Pronacampo  [Programa Nacional de Educação do Campo], e a busca ativa, que atende crianças com deficiência e que estão fora da escola porque não tem transporte”, disse.



A meta do governo federal é construir 6.116 novas quadras escolares cobertas, além de 4 mil coberturas para quadras já existentes , até 2014. Para 2012, o investimento previsto é de cerca de R$ 381 milhões, garantindo a construção de 877 coberturas e 421 novas quadras escolares.
Por meio dos programas Caminho da Escola, Educação no Campo (Pronacampo) e Viver sem Limite, serão adquiridos 8.570 novos ônibus escolares, beneficiando alunos da educação no campo e especial. Municípios poderão renovar e ampliar a frota.
Entre 2008 e 2011, o governo federal transferiu recursos para a compra de 8.708 ônibus escolares. No período de quatro anos, o valor investido foi de R$ 1,5 bilhão.
Mais de 7 milhões de alunos da rede pública de ensino serão beneficiados com o recebimento de 3 milhões de conjuntos mobiliários escolares, com investimento de cerca R$ 450 milhões para 2012 do governo federal.
Em 2010 e 2011 foram adquiridos 1.285.924 conjuntos de mobiliário escolar (compostos de carteira e cadeira, ou carteira com apoio para escrita), com recursos de R$ 195,6 milhões.

O problema é que Maragogipe quando chega esses benefícios, com no caso dos ônibus, ficam presos em garagens. Mas, todos nós sabemos que esse programa será muito importante para o desenvolvimento da educação em Maragogipe, pois, por exemplo, no caso das quadras poliesportivas, Maragogipe não tem nenhuma principalmente coberta. Isso seria um grande Avanço!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Enem perdeu função pedagógica ao virar vestibular


Depois que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi transformado em vestibular, em 2009, as escolas deixaram de receber boletins que mostravam o desempenho detalhado da instituição, segundo as competências avaliadas no exame. Diretores de colégios paulistanos criticam a medida e dizem que não têm mais ferramentas para usar o resultado da prova para melhorar os cursos.
Para os diretores, o Enem perdeu a função de avaliação do último ciclo da Educação Básica. Antes, as escolas podiam receber um boletim que trazia o desempenho dos alunos nas cinco competências da prova objetiva e nas variáveis avaliadas na redação. As competências fazem parte da matriz de referência do Enem – eixos cognitivos comuns a todas as áreas.
Mesmo considerado importante pelas escolas, o boletim foi abandonado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), braço do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Enem. “Se a intenção é induzir a melhoria do ensino pelo Enem, é preciso aproveitar melhor os resultados”, diz o diretor do Colégio Equipe, Luis Marcio Barbosa.
O diretor afirma que o antigo boletim oferecia muitas possibilidades de uso pedagógico. “Podíamos ver que em uma determinada habilidade os alunos foram melhores que em outras, ou que precisamos trabalhar melhor o texto argumentativo. São coisas que uma simples média da escola não proporciona.”
Atualmente, o Inep divulga apenas a média das escolas na redação e nas notas das provas objetivas – levando em conta a correção pelaTeoria de Resposta ao Item (TRI). Dessas informações saem os rankings de escolas, criticados por especialistas e diretores. As listas não substituem os boletins.

“Com os rankings, só consigo ver a média da minha escola e saber se está em primeiro, décimo ou último. Mas, do ponto de vista de interferência pedagógica, é limitado”, diz a diretora do Colégio Móbile, Maria Helena Bresser.
Maria Helena afirma que, mesmo que o cálculo das notas use a TRI (em que o número de acertos não é a única variável da nota), seria importante para a escola a análise das questões. “Podíamos ver qual questão teve mais erro na escola e pensar, por exemplo, se os alunos sabem analisar gráficos.”
Diretora do Colégio Sidarta, Claudia Siqueira também acredita que a falta do boletim limita a atividade dos colégios. “A escola trabalha com conteúdo e existe essa diferença com instrumentos avaliativos, como o Enem colocou. Facilitaria se soubéssemos a performance dos alunos.”
Sem comparações
Segundo a diretora do Albert Sabin, Gisele Magnossão, a correção por meio da TRI também dificulta a leitura para as escolas e para os alunos. “A gente não sabe dizer se eles foram melhor de um ano para o outro. Antigamente era possível saber isso.”

O Inep promete fornecer neste ano para as escolas uma nova interpretação da escala de proficiência (que reflete as competências) do Enem. O Inep, afirma que está “estudando novas formas de auxiliar as escolas em seus processos de análise e avaliação dos resultados.”

Escrito  por Paulo Saldaña, jornalista de O Estado de S.Paulo